domingo, 28 de outubro de 2012

ATENÇÃO: AVISO!



Quando vai postar mais capítulos? 
Você parou de postar a fic? 
Porque você não posta mais?

Estas foram as perguntas que lançaram para mim na minha ASK durante quinze dias - que foi o período que eu não postei. - E só agora eu posso me explicar e me desculpar para vocês. Antes de tudo é fim de ano e, para quem estuda é a época mais corriqueira que existe. PROVAS, PROVAS e PROVAS. Isso se resume a minha rotina. Tenho passado meu tempo estudando muito para minhas últimas provas e principalmente, para o ENEM. Então, desculpem minha ausência  Com uma semana tão corrida estudando e me dedicando, acabei ficando cansada e toda vez que eu entrava para escrever eu ficava com preguiça e sem criatividade. Assim como todas vocês, eu preciso de um descanso. 

Para as meninas que me perguntaram se eu não vou mais postar a fic é mentira, continuarei a postar só que agora, apenas finais de semana e quando eu puder postar. Tenho que priorizar meus estudos mais do que nunca, correto? De qualquer forma, ficarei logo de férias e assim poderei postar todos os dias e vocês ficarão até enjoadas, rs. Sei que no tempo em que fiquei sem postar eu deveria ter avisado a vocês para que não se preocupassem, então mil desculpas! Não queria deixar nenhuma das minhas leitoras preocupadas. Nunca foi minha intenção. 

Outra coisa: vocês sabem onde me encontrar, tenho o twitter (@Belovedby1D_); tenho a ASK; o Facebook ... Então se quiserem me procurar, me perguntar alguma coisa, já sabem onde ir! Sempre respondo tudo que me perguntam e não sou nenhum mostro certo? 

Xoxo, Sté

Capítulo V



              Naquele mesmo dia, Ally foi dormir lá em casa. Desde a tarde, a neve não parava de cair tornando visível uma fina camada de gelo sobre as casas e ruas. A temperatura parecia ter caído absurdamente, mas ainda assim, o clima estava do jeito que eu gostava. Mullingar no natal era realmente mágica. Todos os moradores faziam questão de arrumar as frentes de suas casas de modo que ficassem melhor que as dos seus vizinhos. Vermelho, azul, amarelo e verde eram as cores que mais chamavam a sua atenção do lado de fora. Um misto de luzes, renas e bonequinhos do Papai Noel terminavam as decorações do lugar. Eu costumava dizer que esta era a melhor época do ano.
            Ally e eu estávamos conversando alegremente sobre o nosso dia. E não, eu não tinha contado ainda sobre o meu encontro inesperado com Niall. Eu disse ainda porque quando ela me perguntou se consegui vê-lo em algum momento, eu não poderia mentir. Não que eu não fosse contar, não sei... Mas eu queria ter aquele segredo comigo. Só comigo. No entanto, Ally me olhava curiosa esperando alguma resposta e soube que tinha que contar a verdade.

- Eu... Encontrei nele, na verdade eu me esbarrei nele. – Ri fracamente e rolei os olhos, e então as palavras fugiram do meu controle e quando dei por mim, eu já havia contato tudo. – Conversamos por um tempo, bom, acho até que foi rápido. Ele me perguntou se eu era fã da banda e eu disse que não, então acho que ele ficou meio chateado com isso, não sei... Mas ele foi muito educado e atencioso.

            Ao finalmente me permitir calar a boca, olhei para minha melhor amiga. Ally estava tentando digerir tudo o que eu acabei falando. Seus olhos não piscaram e estavam arregalados, acho que ela mesmo sempre otimista, nunca pensou que talvez eu realmente pudesse conhecer o seu maior ídolo. E então, como se finalmente tivesse acordado, Ally pulou de um lado para o outro dando gritinhos e rindo como uma boba.

- Você falou de mim? Falou de mim para ele? – Ela perguntava animada, parando de rodar de um lado para o outro e sentando na minha frente na cama.
- Eu... ahm... Falei.
- NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FALOU DE MIM PARA ELE! – Ally tinha um sorriso enorme nos lábios. – Vamos, o que ele disse sobre mim?
- Não sei eu bem... Não me lembro... – Os olhinhos meigos da garota à minha frente me disseram suspirar fundo e forçar minha mente a lembrar. – Eu disse que você era fã da banda e ele sorriu.
- Só? Só isso? Você deveria ter incluso: “uma amiga linda e solteira” e talvez um “você realmente precisa conhecê-la”.
- Quem sabe outro dia você mesma não possa falar isso pra ele?
- Seria um sonho... – De repente, Ally lembrou-se de algum e foi procurar sua bolsa, assim que a encontrou retirou um papel que estava escrito um endereço. – Já sei o que vamos fazer amanhã! Minha tia-avó conheceu uma Wicca e acho que ela pode nos ajudar.
- Wi... O que? – Franzi o cenho com a confusão.
- Wicca. – Ally pronunciou lento. – É uma espécie de bruxa do bem, sabe? Elas acreditam no poder da natureza, magia e de seu Deus e sua Deusa.  A wiccana que minha tia-avó conhece é Ambrose, parece que ela já morou por aqui, mas voltou faz pouco tempo.
- Ally... Sério? Você vai até uma bruxa? – Olhei para minha melhor amiga desconfiada.
- Eu não. Nós. – O tom determinado e autoritário de Ally me fez congelar por dentro. – Ah! E é perto da loja que vamos fazer compras pro natal! Podemos comprar as coisas depois de irmos nela.
- Compras de Natal?

            A voz vinha da porta, olhando-a bem, dava para perceber a silhueta magra com curvas de Judith. Os longos cabelos loiros e extremamente lisos se destacavam de seu rosto. As esmeraldas que ela carregava consigo nos olhos a deixava radiante. Judith era linda, alta e o tipo de garota que Mary queria ser um dia, mas infelizmente sabia que isso nunca poderia se concretizar. Havia mais uma pessoa ao seu lado, e logo percebi que era Annabeth. Seus olhos igualmente verdes e belos quanto os da irmã eram magníficos e combinavam com os cabelos castanhos escuros da garota.

- É isso mesmo que escutei? Vocês vão fazer compras de natal? – Judith falou com sua voz fina.
- Isso não é da sua conta, Judith. – Ally replicou.
- Ally! – Suspirou com a arrogância de minha amiga e olhei para minha irmã. – Sim, nós vamos.
- Ótimo! Porque eu queria comprar meus presentes de natal, mas eu estou tão... Cansada... – Judith começou.
- ... Quem sabe uma irmã boa e gentil pudesse comprar nossos presentes de natal? – Annabeth terminou a fala.
- Tudo bem gente, eu posso comprar os presentes para vocês. – Sorri gentilmente as meninas que agora sorriam um pouco forçado.
- Perfeito, Mary! Sabe? Vou lhe entregar a minha lista nos vemos mais tarde!
- Também farei a minha e irei lhe entregar antes de sair!

            E assim, Annabeth e Judith deixam meu quarto e começaram a andar pelo corredor, ainda podíamos escutar cada uma andando porque apesar de estamos em casa, as duas irmãs não deixavam de usar saltos e o som destes em contato com o chão de madeira era um pouco irritantes. Quando finalmente não escutávamos mais os passos, Ally me jogou uma almofada no meio do rosto.

- O que foi agora?
- Fala sério, Mary! Como se já não bastasse fazer os trabalhos e deveres escolares delas tem que fazer as compras para ela também?
- Não vejo mal nenhum nisso...
- Ah, claro. Mary, elas estão te explorando e sabe o que me chateia? Você parece estar cega!
- Isso não é verdade. Irmãs fazem favor unas para as outras. – Retruquei.
- Me fale um favor que elas fizeram para você. – Ally desafiou, mas eu não falei nada. – Viu? Estou certa.
- Você não é a primeira que me fala isso.
- Porque é a verdade! Próximo ano elas terão que entrar em alguma faculdade e o que vai fazer? Emprestar seu o boletim de notas acima de nove para que algumas delas tenham chance de serem aceitas?
- Tá pegando pesado, Ally. – Olhei para ela e então continuei. – Próximo ano eu espero estar bem longe daqui. – Falei em um sussurro.
- Tem razão, desculpe. – Mas calma, Ally voltou a falar. – Já recebeu a carta de Cambrigde, UCD e Trinity College?
- Ainda não. Já chegaram as suas?
- Também não, acho que só depois do natal.

            Ainda conversando muito antes de finalmente nos rendemos ao sono. Estranhamente, eu acabei sonhando com um par de olhos azuis, um sorriso carinhoso e cabelos loiros. Ou conhecidos também como Niall Horan. 

Notas finais: Para quem não sabe, UCD é University College Dublin. Uma universidade  excelente da Irlanda. Desculpem pela minha demora de postar, mas enfim postei não é? Explico o que aconteceu em outro post, certo? Não deixem de comentar e recomendar a fanfic. Ah: E para quem gosta de No Pique De Londres, tem uma novidade: ela vai virar uma fanfic interativa. Xx

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Capítulo IV


Já se passavam das três da tarde quando meus companheiros de trabalho chegaram. Primeiro Mark e depois o casal, Sasha e Nathan. Como eu estava lá desde as 9 da manhã, havia adiantado muito os itens que Maura Gallagher havia pedido. Estranhei muito a quantidade de cupcakes e salgadinhos que ela havia encomendado, parecia que iria dar uma festa para toda a cidade e não uma festa familiar como constava na ficha. Bom, de qualquer forma, o que só faltava eram os bolinhos de chocolate assassem para que pudessem serem decorados. Enquanto esperávamos que eles assasem, Mark brincalhão como sempre, contava para todos como havia sido sua noite de sexta. Eu não me surpreendi quando ele contou que havia ficado com algumas mulheres no pub.

- Se você tivesse a mesma determinação que tem pra pegar mulheres no seu trabalho aposto que seu desempenho seria outro. – Sasha começou a rir.
- Aplico a mesma determinação nas duas atividades, não tenho culpa se uma surte mais efeito que a outra. – Ele piscou e abriu um sorriso perfeito. – Que culpa eu tenho se sou irresistível?
- E humilde. – Nathan complementou irônico.
- É verdade. Mary, você não me acha irresistível?
- Prefiro meus bolinhos de chocolate. – Respondi contendo um riso.
- O que importa é que as mulheres piram no meu charme e minha aparência de um surfista de Malibu.
- Da onde você tirou que se parece com um surfista de Malibu? – Perguntei confusa.
- Olha só meu físico e me diga se eu não pareço. – Mark sorriu maliciosamente.

                Mark era meu amigo, mas mesmo sendo meu amigo, eu não poderia deixar de notar que ele era um galã. Seu cabelo negro estava bagunçado naturalmente hoje, o que me fez pensar que ele não havia penteado o cabelo. Os lábios carnudos estavam curvados em um sorriso que mostrava seus dentes brancos perfeitos. A camisa com mangas apesar de cobrir seu peitoral, percebia-se que por baixo daquele pano existia um abdômen bem definido. Resumindo: Mark era o tipo de cara que atraia olhares e suspiros por onde passava.

- Tenho uma leve impressão que você se parece com o Taylor Lautner. – Comentei por fim.
- O que? Aquele cara que fez o lobisomem daquela saga de vampiros? – Quando eu concordei, ele pôs a mão no queixo e pensou por um instante. – Não me importaria de ser parecido com ele se eu pudesse ficar com aquela atriz que ficou com o vampiro no filme.
- Quero o ver arranjar uma namorada assim. Mark, vou te falar uma coisa: nenhuma mulher quer um homem galinha como namorado. Não rola confiança, sabe? – Sasha falava enquanto tirava os bolinhos cuidadosamente do forno e depositava em cima da bancada. – Pega as forminhas para mim, Nathan?
- Para já, chefona.
- Não to a fim de namorar por agora. Você e o Nathan são loucos.
- Somos apaixonados colega, é diferente. – Nathan voltou a falar já trazendo as forminhas.
- Amigo, diferença entre apaixonado e louco não existe.

                Nathan e Sasha deram de ombros com o que seu colega disse e começaram a decorar os bolinhos enquanto eu e Mark pegávamos as caixinhas com os salgadinhos e doces e os colocávamos com cuidado na vã branca que levava a logomarca do restaurante. Ela era utilizada para a entrega de pedidos para eventos. Em uma das nossas idas e vindas levando os pedidos avistamos Cassandra adentrar a cozinha com seu ar superior e falar com o casal.  Cassandra usava um sobretudo preto e botas de cano alto igualmente escuras.

- Você e Mark quero que preparem algumas carnes que trouxe. – Falou olhando para Nathan.
- Mas nós iríamos levar as encomendas até a casa da senhora Gallagher.  – Nathan disse.
- Sasha e Mary podem fazer isso, não estou certa? – Cassandra olhou fixamente para Sasha.
- Claro. – A ruiva respondeu automaticamente.
- Em fim, estarei no salão com Judith e Annabeth. Não quero ser incomodada com nenhum problema, estou entendida?
- Sim, senhora. – Sasha e Nathan responderam na mesma hora.
- Ótimo, os pedidos da Maura já estão prontos?
-Só falta decorar estes últimos bolinhos. – Sasha respondeu.
- Perfeito. Quero tudo muito perfeito. Maura é uma cliente muito importante, não quero que se decepcione.
- Tenho certeza que ela não se decepcionará. – Falei quando já não tinha caixas para levar para a vã.

                Cassandra me olhou dos pés a cabeça e me olhou de uma forma que eu daria tudo para descobrir o que ela estava pensando. Por fim, ela deu de ombros e fez menção que iria sair, contudo, parou e voltou-se para mim como quem acabasse de lembrar uma coisa.

- Assim que você terminar de entregar as encomendas, pode voltar para casa.
- Sério? Obrigada, Cassandra! Sabe, eu estava pensando em ir as compras de natal com a Ally e...
- Por favor, não me torture com seus planos para hoje. Enfim, como já disse, estarei no salão e não quero ser incomoda.

                Concordei com a cabeça e sorri até observar minha madrasta sair da cozinha. Sasha revirou os olhos com minha atitude e continuou decorando os bolinhos. Mark já ia para onde Cassandra supostamente havia deixado às carnes que comprara. Eu apenas ajudei o casal para que terminássemos logo aquela tarefa. Meia hora depois eu já me encontrava dentro da vã branca escutando qualquer música antiga que se passava na rádio. O caminho até a casa da senhora Gallagher não demorou muito. Logo avistei uma casa pintada de branca com alguns detalhes em preto, sua estrutura me lembrava daquelas casas americanas que eu via nos filmes. Fomos recepcionadas por uma mulher com cabelos curtos e loiros e os olhos claros, era bastante simpática.

- Boa tarde... Aqui é a casa de Maura Gallagher? – Sasha perguntou calmamente.
- É sim. Quem são vocês?  – Ela concordou com um sorriso.
- Ela está? – Sasha sorriu de volta. – Somos do Mullingar Restaurant, ela havia feito um pedido.
- Está falando com ela, querida.
- Prazer senhora Gallagher, a senhora poderia assinar aqui enquanto pegamos as caixas? – Sasha lhe entregou um papel que confirmava a entrega dos pedidos.
- Claro, claro. Vocês poderiam colocar as caixas na cozinha? É só seguir reto e virar à esquerda.
- Sem problemas.

                Enquanto pegávamos as caixas e colocávamos em cima de uma bancada na cozinha, não pude deixar de notar o quanto a casa me parecia aconchegante. Dentro, as cores claras predominavam a decoração e a mobilha moderna em tons escuros fazia um contraste muito bonito. Percebi também que alguns porta retratos em vários cantos da casa embora eu estivesse curiosa para olhá-los não tive tempo para isso. Sasha colocou a quinta caixa em cima da bancada quando a senhora Gallagher apareceu.

- Tem algum dos salgados que eu deva esquentar ou por algum dos doces em um lugar específico?
- Bom, sim, tem. Esses mouses de chocolate com morango é bom por na geladeira e... – Sasha pausou e olhou para mim. – Mary? Você poderia ver se tem mais alguma caixa na vã?
- Ah! Claro, irei dar uma olha, já volto.

                Passei sem pressa pelos corredores e pela sala de estar que dava acesso a saída da residência. No momento em que atravessei a porta, meu celular vibrou e o que me fez olhar para o aparelho enquanto andava até a vã e perceber que havia uma nova mensagem da Ally. Apertei no botão para ler a mensagem, mas antes que eu pudesse saber o que estava escrito, eu acabei esbarrando em algo que me fez cambalear para trás e se não fosse por alguém me segurar eu teria caído no gramado. O que me fez pensar que eu havia esbarrado em alguém, afinal, de quem eram aqueles braços fortes me segurando impedindo que eu caísse? Abri meus olhos para focar na pessoa, mas tudo que eu enxergava era azul. Um azul profundo e enigmático. Era assim que eu descrevi os olhos dele pela primeira vez que os vi tão perto.
    O dono do par de safiras tinha uma pele branca e os cabelos loiros, que deveriam ser pintados, já que dava para ver uma segunda cor presente rente ao couro cabeludo, porém estavam ocultos debaixo de um boné branco e vermelho que usava. O falso loiro vestia uma camisa branca e uma jaqueta marrom que me pareceu bastante quente, trajava também uma calça jeans e tênis branco. Analisando melhor seu rosto, ele não parecia ter mais de seus dezenove anos. O que demonstrava que era dois anos mais velho que eu. Ele me fazia lembrar um anjo, e eu deveria ter ficado com uma cara de besta porque ele me olhou um pouco preocupado.

- Você está bem? – Sua voz grossa, porém suave chegou aos meus ouvidos.
- Eu estou bem, sim, obrigada. – Respondi me desvencilhando de seus braços. – Eu esbarrei em você, não foi? Desculpa, eu realmente não queria é que...
- Tudo bem. – Ele sorriu e notei que usava aparelho, mas isso não tornava o sorriso dele menos lindo. – Só tome cuidado, não é bom andar e olhar o celular ao mesmo tempo.
- Acho que entendi. – Minhas bochechas coraram um pouco e eu olhei para qualquer outro ponto menos para ele. –Hãm... Obrigada mais uma fez por me segurar... – Deixei a frase no ar já que eu não sabia o nome dele.
- Sou Niall. Niall Horan. – O rapaz olhou para mim estranhamente como se fosse estranho eu não saber o seu nome.

                Foi daí que eu lembrei. Olha o nome dele é Niall James Horan. Tem 19 anos. Lembrei-me do dia que Ally me mostrou a foto do cantor daquela boyband que ela tanto gostava. Coloquei minha mão nos lábios em uma clara expressão de espanto. Niall franziu o cenho, mas depois relaxou, percebendo que só agora eu havia me dado conta de quem ele realmente é.

- Você é... Niall Horan da... – Me forcei a lembrar do nome da banda. – One Direction!
- É sou eu. – Por um momento ele ficou incomodado com isso, mas passou. – Qual seu nome?
- Mary Jones. – Eu sorri e estendi a mão. – Prazer em conhecê-lo, minha amiga fala muito de você.
- O prazer é meu, Mary. Aliás, posso te chamar assim? Mary? – Ele sorriu mais uma vez e nos cumprimentamos. – Sério? Vocês duas são directioners?
- Hãm... Claro. Prefiro até que me chamem por Mary. – Não sabia o porque, mas vê-lo sorrir me deu vontade de sorrir também. – Na verdade... Minha amiga que é fã da banda.
- Você não é?
- Desculpe, mas não.
- Não gosta da nossa música? Ou não gosta da gente? – Niall parecia um pouco decepcionado.
- Eu gosto da música de vocês, acho bacana, mas eu prefiro outros cantores. – Fui sincera.
- Ser sincera às vezes dói, sabia? – Niall sorriu e conteve uma risada.

                O tom de brincadeira em sua pergunta me fez dar uma leve risada, e enquanto ria acabei vendo um pontinho branco cair entre nós dois. Minha risada foi diminuindo gradativamente até eu parar completamente de rir e olhar para o céu assim como Niall. Visualizamos mais pontinhos brancos e estes caíram sobre nós. Neve. Eram flocos de neve. Abri um sorriso largo com aquilo, era o que eu mais gostava no inverno. Ver a nele cair, brincar na neve. O inverno era sim, a melhor época do ano.

- Está nevando. – Comentei algum obviu.
- É, bom, eu preciso entrar. – Niall olhou o relógio do seu celular e depois para mim. – Você está aqui sozinha?
- Não, eu estou esperando uma amiga minha. – Respondi.
- Certo, bom, sinto muito não poder esperar sua amiga com você, mas eu preciso resolver algumas coisas da banda.
- Tudo bem, eu entendo. Na verdade, eu meio que te atrapalhei, não é? Olha desculpa de novo.
- Mary, você se desculpa demais. – Ele sorriu. – Enfim, até qualquer dia.
- Até. – Acenei enquanto o garoto ia adentrando a casa que estava logo atrás de mim.

                Eu ainda fiquei lá fora um pouco atordoada com o que aconteceu. Niall Horan era o garoto mais bonito que havia visto, todas aquelas fotos da Ally não se comparavam em nada com a beleza dele pessoalmente, aliás, muitas daquelas fotos estavam editadas sem necessidade. Porque colocavam efeito em um rapaz que já era... Perfeito? Suspirei com aquele pensamento e sorri comigo mesma e enquanto eu estava pensativa, a neve caia delicadamente e graciosamente ao meu redor.

Notas finais: Eu adorei este capítulo, acho que será um dos meus preferidos. O que vocês acharam? Ah! Vocês perceberam que eu mudei algumas coisas do blog? Agora para quem está lendo e quem está começando a acompanhar a fic criei uma página só para ela, vou postando os links dos capítulos assim não tem como se perder. Gostaram das mudanças? Eu até que gostei, hahaha. Xx

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Capítulo III

 
           Era sábado. Para a maioria dos adolescentes, era um ótimo dia para ficar dormindo, mas para mim... Digamos que eu não desfrutava dos benefícios do sábado como meus colegas. Meu despertador me acordou às sete horas da manhã fria de dezembro. Ainda bêbada de sono olhei para meu pequeno quarto sem muita vontade de me levantar. Analisando o meu cantinho, eu poderia dizer que ele era aconchegante. Disponibilizava uma cama confortável, uma janela com vista ao quintal, uma escrivaninha branca e alguns suportes para livros presos nas paredes. A decoração do mesmo era basicamente feita por tons claros e delicados. Havia uma foto minha com meu falecido pai em meu criado mudo perto da minha cama.
                Todos os dias, assim quando eu acordava, o porta retrato era a primeira coisa que eu via. Como eu tinha saudades de tê-lo comigo... Muitas garotas da minha idade, reclamam e desejam que o pai as esqueçam. Já perdi a conta das vezes que já escutei na escola “briguei com meu pai ontem” enquanto elas queriam um pouco de paz, eu queria ter um pai para poder brigar. Sei que já faz um ano desde aquele acidente terrível na saída da cidade, mas ainda doía no peito saber que eu nunca iria vê-lo novamente. Preguiçosamente, eu levantei da minha cama e me obriguei a pensar em outra coisa. Tomei um rápido banho e vesti uma roupa quente. Passei pelo corredor do segundo andar e vi as portas fechadas dos quartos de Cassandra, Judith e Annabeth, o que significava que elas ainda não haviam acordado.
           Desci as escadas e fui para a cozinha a fim de fazer o que eu sempre fazia na manhã dos finais de semana: café da manhã. Arrumei a mesa do café da manhã primeiro, e assim que os talheres, xícaras, pratos, copos, e seus demais complementos estavam adequadamente postos me permiti enfim a cozinhar. Inicialmente, eu não estava com muita fome, contudo, ao começar a preparar a refeição, meu estomago roncou alto. Cortei algumas frutas que sabia que Cassandra e Judith gostavam, e depois preparei os ovos mexidos com bacon da Annabeth. Os pães assim como o suco de laranja fresco já estavam dispostos na mesa. Acabei comendo um sanduíche, maçã e um pouco de suco – mesmo que eu não gostasse de tomar, meu pai vivia insistindo falando todo aquele discurso sobre alimentação saudável. Após tomar o café da manhã me dirigi silenciosamente até a porta da casa e antes de enfrentar a pacata cidade, peguei meu casaco bege e meu cachecol que repousavam tranquilamente no cabide ao lado da porta.
A temperatura lá fora havia abaixado consideravelmente em relação ao dia anterior. As ruas pela qual eu passava sem pressa alguma não estavam cheias de pessoas, apenas poucas silhuetas transitando na cidade que começava a acordar. Tomei a liberdade de ir ao mercadinho do senhor Manoel, um português muito amigável que havia se mudado há bastante tempo, aliás, quando eu já havia nascido, o seu mercadinho já existia. No seu estabelecimento era fácil de encontrar as melhores frutas e verduras frescas. Comprei apenas ingredientes básicos que eu teria que usar para fazer o pedido de Maura. O velho dono de cabelos grisalhos me recebeu com sua típica hospitalidade e simpatia e à medida que falava demonstrava que apesar dos anos que morava ali, seu sotaque português permanecia.

- Maria, querida! Olha como está grande? Passe que se passou um ano que não lhe vejo!
- Olá, senhor Manoel. – Sorri simpática ao bom velhinho.
- Senhor só no céu querida! Quantas vezes tenho que pedir para que me chame apenas de Manoel?
- Desculpe-me... Manoel. – Minhas bochechas coraram um pouco.
- Agora está melhor. Diga-me, em que posso ajudar uma moça tão bonita?
- Vim pegar esses itens quero bem fresquinhos. – Mostrei-lhe a lista que eu tinha feito ontem à noite e sorri.
- Certo, certo. Muito bem, eu irei pegá-los. Só um instante.

           O homem já de idade começou a pegar seus ingredientes que não se passavam de temperos verdes, alguns tomates e batatas. Senhor Manoel lhe lembrava do seu avô, apesar de nunca tê-lo visto. Porém, eu acreditava que era do jeito que o velhinho lhe tratava que um avô tratava sua neta. Não demorou muito tempo até que visse o bigode branco do dono voltar trazendo consigo algumas sacolas com o seu pedido.

- Aqui está tudo. Peguei as folhas da horta agora, não conte para Maria isto. – Ele piscou para mim.
- Oh, pode deixar que não contarei. Você poderia por na conta do restaurante?
- Claro, como sempre.
- Obrigada, senhor... Ops. Manoel. – Sorri um pouco sem graça.
- Espero que tenha um excelente dia, Maria!

           Sai do estabelecimento rindo da maneira como Manoel me chamava. Um dia ele havia me explicado que me chamava de “Maria” por ser assim que se chama o meu nome em sua terra natal. Se bem que a pronuncia era um pouco engraçada, de qualquer forma, eu preferia ser chamada de Mary. Soava... Mais bonito, talvez? Não tive pressa para chegar ao restaurante, dessa forma, fui aproveitando o pouco movimento da rua para focar em detalhes da cidade que eu ainda não havia reparado com tantas pessoas circulando. Notei que a calçada aparentava um pouco de irregularidades enquanto eu caminhava, percebi que a pintura de um ponte de luz daquele estilo bem clássico, estava desbotando. Percebi que à medida que eu passava pelo centro arborizado, alguns passados aproveitavam os frutos caídos das arvores para se alimentarem.
           Até meu percurso chegar ao fim, eu havia encontrado algumas pessoas conhecidas que sorriam para mim e educadamente perguntavam como eu estava. Da mesma forma educada eu as respondia, se bem que muito breve. Uma das coisas que a cidade pequena proporcionava: você conhecia uma boa parte dos habitantes e outros conheciam muito bem sobre você, talvez mais do que você soubesse sobre eles. Já era possível ver a estrutura medieval pintada de verde que se caracterizava ser o restaurante, um suspiro de alivio tomou conta de mim no momento que o avistei. Ao me aproximar mais percebi uma mulher que desajeitadamente deixou suas sacolas caírem e com isso, seus pertences rolaram pela calçada, a figura feminina pegou a todos os seus pertences exceto uma caixinha redonda preta que acabou por rolar até onde eu estava.

- Com licença, acho que isto é seu. – Falei em um tom simpático, assim que peguei a pequena caixinha que vez um barulho engraçado.

           A mulher tomou um sobressalto ao escutar a minha voz. Ao ela me encarar, percebi que ela deveria ter mais ou menos cinquenta anos, e mesmo assim, parecia muito bonita e jovem com seus longos e grossos cabelos negros. O seus olhos eram tão escuros que ficou difícil de determinar onde começava e terminava a pupila. Estremeci ao contatar que aquela aparência me dava um pouco de medo. Estranho, nunca tinha visto alguém como ela em Mullingar. A mulher por sua vez, me analisou dos pés a cabeça antes de pegar sua caixa preta da minha mão com um sorriso um tanto simpático demais.

- Obrigada, jovem. Definitivamente, eu não poderia me esquecer disso.
- Desculpe-me a intromissão, mas... O que é? – Indaguei curiosa.
- Acredita em vidência, jovem? – Ela rebateu minha pergunta com outra.
- Não. – Respondi confusa.
- Deveria acreditar. E magia, acredita?
- Porque está me perguntando isso?
- Deixe-me ver tua mão. – A mulher pegou minha mão sem cerimônia nenhuma e a pôs de palma para cima. Quis questionar-lhe, mas... Bom, fiquei mais interessada em analisar suas expressões. – Interessante...
- O que foi? O que é interessante? É apenas uma mão comum.
- Vejo que você já sofreu bastante. Aliás, ainda sofre. – A mulher fez um biquinho um pouco decepcionada. – És jovem e bonita demais para sofrer, seu passado não foi justo com você. – Repentinamente, a expressão da vidente acabou mudando. Agora um sorriso desfrutava em sua face. – Mas seu tempo de sofrimento está chegando ao fim. Azul. É o azul que vai lhe tirar toda dor e tristeza que existe realmente no seu coração.

           Eu estava pasma. A mulher havia acertado sobre meu passado e pelo que eu me lembre, eu nunca a tinha visto em Mullingar antes, o que significa que ela não tinha saber daquilo. Definitivamente, o que se prosseguiu foi o que me deixou mais boquiaberta.

- Você é v-vidente?
- Não. – A mulher ergueu uma sobrancelha como quem achasse a pergunta absurda. – Sou outra coisa.
- Pensei que só poderia ler a linha da vida, amor e riqueza na mão. – Ainda atordoada eu perguntei.
- Já lhe disse que não sou vidente, por tanto, eu não li sua mão. Eu toquei nela.
- Então o que você é? – Perguntei com os olhos arregalados.
- Está na hora de você entrar no restaurante, Mary. Eu tenho certeza que nos veremos novamente.

A estranha começou a andar na direção oposta enquanto tudo o que eu fazia era encará-la e tentar entender o que havia acontecido ali há poucos minutos. Tudo foi tão estranho. Olhei para meus pés e depois, encarei o lugar onde a mulher supostamente estaria. “Supostamente” porque no segundo que voltei a olhar, ela não estava mais ali. Simplesmente desapareceu. Balancei minha cabeça e pisquei os olhos me certificando que não fosse sonho meu. No final das contas, acabei dando de ombros e adentrando no ressinto. 

Notas finais: Como eu achei que o capítulo iria ficar grande, eu dividi em duas partes. Se quiserem a outra parte hoje ainda, deixem um comentário abaixo, certo? :) Desculpem pela minha ausência nos últimos dias, mas é que teve complicações na escola... De qualquer forma, quero saber o que vocês estão pensando sobre a fic. O que acharam dessa mulher misteriosa? Hahaha, quem será ela? 


domingo, 7 de outubro de 2012

Capítulo II


Entrevistador: Então, vocês estão solteiros?
Niall: Eu, Harry e Liam estamos solteiros.
Harry: É, mas Niall está solteiro há mais tempo que nós.
Louis: Ele é um encalhado.
Liam: A próxima namorada do Niall tem que ser incrível. Porque ele tem esperado por “ela” por muito tempo.

             Ally gritou. Sério, ela gritou. Bastou àqueles garotos da boyband falar que estavam solteiros na TV que ela pirou. Por favor, eu sempre fui fã de uma banda, mas nunca cheguei a pirar desse jeito quando as via na TV ou quando um integrante deles falava que não estava em um relacionamento. Peguei o travesseiro da cama da minha melhor amiga e joguei em sua cabeça.

- Ei, controle-se!
- Você não entende, M. – Ally tentava se recuperar da almofadada. – Harry, Liam e Niall estão solteiros. O Niall vem para cá amanhã! A-M-A-N-H-Ã!
- Isso não quer dizer que ele vai encontrar o amor de sua vida no tempo que ele ficar aqui. – Falei um pouco confusa. – Ele ficará o que, uma semana? Duas?
- Duas. Conferi no fã clube dele no Twitter hoje.
- Certo. – Prolonguei bem a palavra.

            A garota com cabelos curtos e negros se jogou em cima da cama me fazendo dar um pulo. Escutei Ally suspirar e logo em seguida me olhar com seus olhos incrivelmente azuis. Toda vez que eu os encarava eu lembrava a pedra safira, não sabia exatamente o por que. Perto dela eu era completamente um rabisco ofuscado pelo brilho daquela verdadeira beleza.

- Eu sinto que irei encontrá-lo. Ele vai me escolher, Mary. Eu sinto.

Ally me olhou com uma intensidade que me fez arregalar os olhos. Minha melhor amiga estava mesmo convencida que um dia se casaria com o Niall. Eu sabia que se eu falasse para ela o contrário iria magoa-la e tudo que eu menos queria nesse momento era chatea-la. Por isso, não falei o quão impossível isso seria. Simplesmente sorri para ela.

- Espero que isso se realize. Mas me conta, o que tem de especial nesse Niall?
- AAH! Vou lhe dizer tudo! – Ally pulou da cama e pegou sua caixinha branca e preta. Ela retirava algumas fotos do grupo e outras apenas do Niall. – Olha o nome dele é Niall James Horan. Tem 19 anos. Seus cabelos são castanhos, mas ele os pinta desde que tinha 12 anos.
- Sério? 12 anos? Por quê? – Falei olhando para as fotos.
- Ele disse que se achava mais bonito loiro. – Ela deu de ombros. – Niall ama comida. Quero dizer, comer. Ele é muito fofo e romântico. Ele merece uma princesa, eu não acho que eu seja uma princesa. Eu não sou perfeita. – Ally subitamente pareceu desanimada.
- Ei, as princesas de hoje em dia não usam tiras, não andam com salto alto ou de vestido. Muito menos são perfeitas vinte e quatro horas por dia.  – Falei tentando animá-la – As princesas de hoje usam all star, usam jeans e algumas usam boné. Tem muitas princesas que na verdade, estão batalhando para conseguir algo; elas deixaram de lado a coroa para virarem guerreiras. Você ser perfeita não significa que é uma princesa. O que te define é o que tem no coração.
- Você realmente acha isso?
- Claro que sim! O Niall seria um tonto se não se apaixonasse por você a primeira vista.
- Não sabia que você acreditava em amor a primeira vista. – Ally sorriu um pouco.
- Eu acredito no amor, seja ele vindo de qualquer meio. – Respondi sorrindo calmamente.

          Fiquei feliz por ver minha amiga sorrir. Era bom ficar sem fazer nada por um tempo, só conversando uma sexta feira à noite, sem me preocupar em preparar nenhum pedido do restaurante. O melhor era saber que a partir de agora até o final do natal, eu estava de férias temporárias da escola. Mesmo gostando de estudar, eu precisava de umas férias. Pelo menos, um tempo sem tarefas era melhor. Eu poderia dormir mais sossegada sem me preocupar de entregar trabalhos, ou qualquer coisa parecida.

- O que vai fazer amanhã? Estava pensando em você me ajudar a comprar os presentes de Natal. – Ally disse enquanto guardava as fotos em sua caixinha.
- Preciso comprar meus presentes também. – Suspirei. – Infelizmente, não vou poder ir com você as compras.
- Por quê? Vai se encontrar com a Rainha? – Ally ironizou.
- Não. Disse para minha madrasta que eu iria trabalhar amanhã para ajudar com a encomenda de um evento.
- Nossa, eu não estou sabendo de nenhum evento daqui da cidade. – Ally se aproximou de mim. – Qual é a festa?
- Pelo que eu entendi não é uma festa, é mais um evento familiar. A Maura Gallagher que fez o pedido. – Brinquei de passar os canais da televisão e escutei Ally dar mais um grito.
- É A MÃE DO NIALL! VOCÊ VAI SE ENCONTRAR COM A MÃE DO NIALL! COMO VOCÊ NÃO ME FALOU ISSO ANTES?!
- Ally fica calma, ok? Eu não vou me encontrar com ela eu só vou preparar a comida. – Eu fiquei com medo quando minha amiga me olhou super curiosa.
- O que foi que ela encomendou?
- Se eu falar você vai por no Twitter? – A morena balançou a cabeça positivamente. – Acho melhor eu não falar.
- Me conta agora, Mary! Somos melhores amigas, não temos segredos!
- É, mas esse não é um segredo meu pra contar. Acho que Maura e o... Niall, iriam gostar de um pouco de privacidade.  
- Aí Meu Santo Deus! Dentre tantas amigas, porque você envia uma que é moralista?

         Levou um pouco de tempo para eu acalmar minha amiga. Quando o assunto era One Direction e principalmente Niall Horan, Ally se transformava naquelas fãs histéricas e loucas. De qualquer forma, Allysson Clark era minha melhor amiga desde o jardim de infância. Ela sabia tudo sobre mim e eu sabia tudo sobre ela. Eu sabia que sua cor favorita era laranja, que ela amava Harry Potter – e ano passado ela quase entrou em depressão com o último filme da saga – também sabia o quanto ela era intensa. Ally era assim: se ela está feliz, ela fica muito risonha. Se estiver triste é dramática ao extremo. De qualquer forma, era ela que animava meus dias, e eu agradecia profundamente por tê-la como amiga.

Notas finais: Ei, como estão? Espero que estejam gostando a minha nova fic :P Aos meus leitores invisíveis, por favor apareçam. Comentar não mata e nem dói. Aos que sempre estão comentando, eu agradeço de coração, eu fico muito feliz em ver o que vocês estão pensando sobre a fic. No próximo capítulo, Mary encontra Niall. Quem está preparado? Hahaha. Qualquer dúvida, me questionem por aqui ou pelo twitter. Xx

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Capítulo I


Eu havia saído mais cedo da escola hoje. O que não era de se admirar pelo qual mês estávamos: Dezembro. Normalmente só tinham aulas na primeira semana desse mês, e logo sairíamos em férias de inverno. Como nosso inverno era muito rigoroso, as escolas europeias tomavam essa postura, o que era uma benção. As ruas, estradas e casas se abarrotavam de neve e frio que era praticamente impossível sair para algum lugar.  Esses últimos dias de aula nunca eram completas, geralmente alguns professores faltavam, alguns por se darem “férias” e outros por compromissos inadiáveis.
O que era o caso do meu professor de Literatura Irlandesa. O dia parecia mais noite pelo céu escuro e pela onda de frio, mas ainda não havia caído uma neve se quer. Como eu fazia todos os dias assim que saia da escola, eu ia para o restaurante que era da minha família. Por ter herdado o gene culinário de meu pai, eu – modéstia parte – era uma excelente cozinheira. Por isso, eu ajudava na cozinha do restaurante. Eu encarava aquilo como um trabalho e também uma maneira de relaxar. Ao cruzar a esquina que me dava acesso ao centro de Mullingar, eu avistei o estabelecimento. 
O lugar se destacava das demais construções por sua cor verde, apesar de apresentar o mesmo modelo um tanto rústico como as outras. Dava para se ler claramente as palavras “Mullingar Restaurant” em uma letra bastante elegante e dourada o que chamava atenção de qualquer pessoa. A grande porta que dava acesso ao interior do restaurante era feita de carvalho claro e assim que adentrava visualizava um grande espaço com acabamentos em madeira cobertos por mesas e cadeiras de mesmo material. Quem se sentava próximo à porta desfrutava de ter uma visão da rua, já que possuía uma grande janela.
Mesmo sendo rústico, o lugar era bem sofisticado, o restaurante havia lustres – cada um media certa distancia do outro. Havia ainda um pequeno bar, destinados apenas as bebidas. O balcão separava os clientes das diversas bebidas que se apresentavam convidativas aos clientes que as apreciavam. Adentrando um pouco mais notava-se a presença de uma grande lareira e em sua frente dois sofás cor de vinho. Geralmente os clientes mais jovens gostavam de ficar ali, já que apresentava um ambiente mais descontraído. O estabelecimento ainda tinha algumas plantas para alegrarem um pouco aquele visual marrom.
Indo um pouco ao leste, notava-se uma grande porta marrom com duas janelinhas redondas. Ali tinha-se acesso a cozinha, sem perder tempo, apressei ainda mais meus passos. Assim que eu entrei avistei panelas, fogões, frutas nas bancadas, carnes sendo preparadas e por fim, avistei meus amigos cozinhando. Eu os chamava de minha segunda família, já que passávamos bastante tempo juntos. Sorri ao notar que todos me desejavam boa tarde e fui até os armários para por minhas coisas e por meu avental. Sem perder tempo,  prendi meus cabelos para que não caísse nenhum fio nas comidas que eu iria preparar.

- Chegou cedo, Mary. Andou fugindo da escola? – Mark perguntou em um tom bastante brincalhão.
- Fugir da escola? Mary? Até que parece que você não a conhece, Mark. – Sasha debochou.
- Aposto que se avisassem aos alunos que a escola abriria no período de férias ela iria todos os dias. – Completou Nathan.
- Eu gosto de estudar mesmo, o que há de errado nisso?
                 
                Era sempre assim. Mark, Sasha e Nathan adoravam me abusar por eu ser... Digamos assim, estudiosa – o termo nerd é ofensivo. – eu conhecia meus companheiros de trabalho há bastante tempo. Apesar de serem mais velhos que eu, eles nunca me tratavam como uma garotinha. Mark era o tipo de pessoa que você pode contar sempre, ele é bastante engraçado e se precisar de ajuda, ele sempre estará lá. Ele era bonito mesmo eu achando que não fazia o meu tipo, mas as garotas da minha escola às vezes apareciam aqui só para vê-lo. Mark tinha os cabelos negros e a pele um pouco bronzeada e seus olhos eram cor âmbar. Era o tipo de aparência que não se encontrava nos moradores de Mullingar.
Nathan era mais reservado, e era o melhor amigo de Mark.  Foi uma das pessoas que eu mais demorei para conquistar. No inicio, ele trocava apenas algumas palavras, mas à medida que o tempo foi passando, acabei conquistando sua confiança e agora, éramos bons amigos. Nathan era muito calmo e geralmente, quando alguma coisa dava errado, ele era a pessoa que arranjava solução para tudo. Ao contrário de Mark, sua beleza era extremamente comum. Cabelos castanhos, olhos castanhos e pele branca. Havia uma única coisa que o diferenciava, Nate – como nós o chamávamos – tinha uma tatuagem de dragão no ombro esquerdo. Ele também tinha um pelo físico, quando não estava no restaurante, ele gostava de ir à academia. Eu só sabia desses detalhes porque Sasha, sua namorada me contava.
Definitivamente se eu tinha uma segunda melhor amiga era a Sasha. Ela tinha vinte e dois anos. Sasha tinha seu cabelo natural loiro, mas desde os vinte ela pintava de ruivo. E devo acrescentar que ela ficava melhor ruiva do que loira. Dentre o pessoal do restaurante eu a conhecia há mais tempo. Quase quatro anos, embora ficássemos mais amigas quando ela começou a trabalhar aqui. S. era uma garota que lhe dava os melhores conselhos do mundo. Sempre lhe escutava e se você se sentisse mal, ela estava lá pra te animar. Perdi a conta de quantos conselhos bons ela havia me dado desde que meu pai faleceu.

- As suas aulas terminam quando? – Sasha me perguntou enquanto me passava algumas verduras que eu deveria cortar.
- Amanhã. Tenho prova de física. – Suspirei cansada.
- Então porque veio? Deveria ter ficado em casa estudando. – Nate indagou do outro lado.
- Vocês sabem, se eu não viesse, Cassandra não iria gostar.
- Mary, a gente pode cuidar daqui. Era melhor você ir para casa estudar. – Mark aconselhou.
- Ah, eu posso estudar de noite, o assunto nem é tão difícil assim... – Franzi a testa. – Preciso de uma faca amolada.
- Na mão. – Mark me entregou. – Sério, como você consegue estudar de noite? Você sai daqui às 11.
- Não me diga que você anda estudando na madrugada? – Sasha pressionou.

            Eu sabia que se falasse sim, receberia uma bronca de todos os meus colegas. Então quando a porta se abriu e vi a figura da minha madrasta, eu agradeci secretamente, porque assim eu não precisava responder nenhuma pergunta. Cassandra olhou para todos nós e sorriu. Ela ficava incrivelmente alta com aqueles saltos, seus cabelos negros eram escorridos. Cassandra dava uma grande primeira impressão para qualquer pessoa.

- Vim avisar que sábado teremos um evento. Maura Gallagher pediu para que nós preparássemos alguns salgados e doces para o seu filho que está voltando. Parece que querem uma dar uma festinha ao garoto. Portanto, teremos que preparar essa lista aqui. – Cassandra entregou para Sasha a lista.
- Cassandra, é muita coisa. Não vai dar tempo para terminar e ainda sim ter os pedidos do restaurante. – Sasha comunicou.
- Não tem importância, Mary fará hora extra sábado e adiantará bastante coisa.
- Mas... Sábado é o dia de folga dela. – Mark olhou preocupado para mim.
- Mary, querida, você se importa de fazer hora extra sábado? – Cassandra sorriu.
- Humm... Eu posso vim. Não tem problemas.
- Ótimo! Agora vão trabalhar. Sem conversa.

             Assim que Cassandra saiu, Mark, Sasha e Nate suspiraram cansados e olharam para mim. Eu sabia o que viria em seguida, por isso, nem me dei o trabalho de olhar para eles, continuei cortando as verduras que haviam me pedido há alguns minutos atrás.

- Como você não consegue ver que ela está te tratando como uma escrava? – Sasha foi a primeira a falar
- Ela não me trata como escrava... Olha não tem nada demais eu não tirar meu dia de folga sábado.
- Você não tira folga há dias. Todo final de semana ela tem alguma coisa que te faz prender aqui. – Mark argumentou.
- Mas foram motivos importantes. – Contra-ataquei.
- Encerrar o chão? Limpar a cozinha? Regar as plantas? Por favor, Mary, acorda. – Nate falou.
- Olha, família ajuda uns aos outros, certo?
- Me diga uma vez que ela ou as filhas nojentas te ajudaram? – Sasha perguntou, como eu demorava para responder ela continuou. – Viu? Elas nunca fizeram nada por você.
- Elas ficaram comigo quando meu pai morreu.
- E seus avós? – Mark indagou.
- Nunca os conheci e nem sei onde eles estão. – Sorri tristemente.
- Você ainda vai acordar, Mary. E verá que o que sua madrasta faz é errado. Só espero que não seja tarde demais. 



Notas finais: Olá pessoal! A fic No Pique De Londres acabou, e vai me deixar muitas saudades. Vou guardar cada capítulo e cada comentário de vocês no fundo do meu coração. Mas essa fic também promete ser muita boa. Aparentemente parece um conto de Cinderella, não é verdade? Contudo, o que eu estou preparando não deixará que a fic fique no estilo clichê do conto. Acontecerá grandes coisas que tornará essa fic mais surpreendente que No Pique De Londres. Obrigada a todos que estão acompanhando, e eu espero que vocês deixem comentários dizendo o que estão achando. Xx